Essa expressão em francês quer dizer " É preciso de tudo para fazer um mundo".
E no embalo dessa frase eu começo minha reflexão e não sei onde colocarei o ponto final. Enquanto isso, escrevo, escrevo, escrevo...
Moro num país diferente, numa casa com pessoas de diferentes países, falo em outra lingua, como outras comidas, descubro novos mundos.
Aqui em casa é um entra e sai, tem assunto de tudo, tem "verdades" de vários pontos de vista.
Meus roomates tem origens africanas e colonizados por franceses, mas mesmo '`a la française' a gente se identifica nas raízes. Num país de loiros de olhos azuis, 'a gente' se entende. Coisas que eles contam da 'terra deles' eu vejo uma grande semelhança com nosso Brasil e vejo o quanto a Africa é nossa mãe.
Outro dia, a mãe do Kevin nos mandou presentes diretamente do Camarões. Ganhei uma bonequinha negra, vestida 'de baiana' com uma estampa do vestido amarela e desenhos de búzios. Ele veio me explicar q búzios eram conchas q eles utilizavam como bijuteria e também como oráculo em algumas religiões.
Nos finais de semana eu acordo com os dois às gargalhadas de manhã. Isso definitivamente não é coisa de belga. Tem uma 'alegria' nesse sangue, que mesmo querendo fugir dos estereótipos, eu não conseguiria não generalizar.
Minha roomate belga é uma 'finesse'. Uma bonequinha que comporta um turbilhao de emoções internas, mas aparenta uma 'segurança' tão real quanto uma árvore cheia de cupins.
Bem, isso aqui não eh fofoca. Todos nós somos consumidos por emoções, mas aqui a diferença é a forma de expressá-las.
Eu, nessa história, estou construindo um mundo com a riqueza das experiências, dos encontros, das verdades, dos mitos, das comidas, dos temperos, das histórias... de tudo isso que eu tenho vivido nesse novo Velho Mundo.
PS: Ah, prometo um dia escrever sobre essas verdades, vc vão ficar chocados como existem tantas verdades nesse mundo.
Engraçado, tenho tido muitos encontros com a África nesses últimos tempos. Um artigo que li, um programa de televisão, e o que fica desse povo são as cores fortes das roupas, a dança nos pés, o sorriso grande. No meio de tanta fome, exploração, doenças do corpo - tem alegria. Isso a formalidade do Velho Mundo não entende, não cabe lá. A gente entende disso sim, a gente compartilha disso. Que grandes experiências você está tendo, loira! Aproveite-as ao máximo! Um dia também corro pernas por aí... afinal, é preciso de tudo pra fazer um mundo!
ResponderExcluirE sobre essas verdades? Estou curiosíssima!!!
Beijos!!!
Como bom pervertido (no sentido mais amplo da palavra, por favor...) eu tento ser, vou deixae de lado o lance das verdades porque sou muito cheio delas. Eu só queria mesmo dizer, loira, que eu estou muito orgulhoso de você, embora você talvez se pergunte "hum, e daí"? Eu também não sei, mas me senti com muita necessidade de dizer isso pra ti.
ResponderExcluirBeijos.