terça-feira, 25 de maio de 2010

6 Coisas que talvez vocês não saibam


Minha querida amiga e escritora do blog (http://www.sobrescrita.blogspot.com/ ) me convidou para escrever sobre ''6 coisas que as pessoas não sabem sobre você'' e convidar outros amigos a participarem também. Eu aceitei. Mas fiquei encucada. O que as pessoas não sabem de mim?
Ela, minha amiga, sabe plantar bananeira por mais de 10s. Eu nem quero tentar, visto a ausência de flexibilidade e um grande medo de me quebrar toda.

Estou aqui pensando no que escrever. É dificil achar ou escolher 6 coisas desconhecidas dos meus leitores, ainda mais que eles são meus amigos.
Mais fácil seria escrever 6 coisas que nem eu sei sobre mim mesma!

Nessa onda viriam:
1- Não sei onde estarei daqui a um ano;
2- Não sei se vou me casar antes dos 30;
3- Não sei se sou loira ou morena;
4- Não sei se vivo o presente ou se me privo visando o futuro (Carpe Diem ou Quem espera sempre alcança?);
5- Não sei se é egoísmo ou se a a gentileza abriu a porta para o aproveitador ;
6- Não sei se estou pronta;
É a tão conhecida questão "De onde eu vim, para onde eu vou".. e a "Ser ou não ser, eis a questão!"

Mas as 6 coisas que vcs talvez não saibam sobre mim podem ser que:

1- Eu não sei fazer feijão;
2- Minha barriga faz barulhos que, às vezes, me constrangem;
3- Mordi minha lingua quando me apaixonei por um gordinho cabeludo.
4- Em 3 anos aqui, o relógio do meu computador ainda tem o horário do Brasil
5-Tenho uma intuição que me assusta, mas ela não me ajuda com os números da Mega Sena
6- Eu prefiro receber flores plantadas do que flores podadas;

Acho que essas informaçõess podem ser muito úteis em algum momento de suas vidas. Por exemplo, se um de vcs ganharem na Mega Sena, lembrem-se dessa pobre criatura que nunca conseguiu acertar tais números, mas que um dia, pode ter te dado um conselho supimpa. Ou então, compartilhar o constrangimento com ela quando o ogro, habitante de seu ventre, despertar.

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Estou amadurecendo a idéia de postar os contrastes de experiências que estou vivendo aqui. Já tenho uns 3 bem exóticos.. ;)

domingo, 16 de maio de 2010

Essa tal diversidade



Toda vez que eu venho aqui, um milhão de assuntos passam na minha cabeça. "Vou falar sobre o quê?", "Isso é útil (para mim ou para meus tímidos leitores)?", enfim..


Eu poderia entrar na onda dos casórios, afinal 2010 é mesmo o ano dos casamentos. Eu veria 7 noivas entrando na igreja se não estivesse tão longe. Com sorte, vejo 2! São amigos queridos e desejo mta felicidade nesse momento importante para eles.


Eu poderia falar das minhas plantinhas. É primavera! Aquele broto de lirios (é lírio!) já está bem grandinho, outros estão aparecendo; a roseira e a orquídea estão dando flores. Cada uma está com uma novidade!


Eu poderia escrever o quão estranho é morar numa terra estrangeira e também estranhar a própria terra. O quão bom e bizarro pode ser esse treco.


Mas acabei de pensar em uma situação que vivi esta semana.

Fiz um trabalho em grupo sobre "Comunicação Não Verbal" para uma matéria na faculdade. Esse trabalho consistia em uma apresentação ''criativa'' e um relatório de 20 páginas.. Ok.

Meu grupo era composto, além de mim, por uma húngara e uma polonesa. Essa mistura foi ótima para fazermos a apresentação. Resolvemos aproveitar essa diversidade e apresentar uma reunião onde cada uma falava sua língua de origem e gesticulava de acordo com a intenção do personagem.

No fim das contas, a apresentação foi mto elogiada, pois apesar de falarmos línguas totalmente diferente, as pessoas compreenderam a mensagem que estava sendo passada na reunião. Ou seja, conseguimos mostrar que o troço funciona. ;) Ponto pra diversidade!

Ai, veio a parte do relatório. Já adianto que não houve nenhuma grande discussão. Foi uma experiência interessante e angustiante. Vou explicar o porquê:


Normalmente, eu fazia grupo com pessoas que nasceram aqui e que tem o francês como primeira língua. Então, eu achava facilmente a minha posição no grupo. Eu era a estrangeira, era mais uma questão de adaptação. Tinha a presença da 'cultura francesa-belga' que norteava tudo.

Mas pra fazer esse trabalho 'internacional', a porca torceu o rabo. Cada uma tinha uma forma de pensar e dificilmente contestável. Era como se todos soubessem fazer, mas não tinham a 'palavra final'. É difícil argumentar sobre formas de pensar. "Não, mas no Brasil não é assim. A gente faz assim." , "É assim que acontece, na Polônia todos fazem assim." "Mas na Hungria isso nunca vai acontecer, porque a gente faz desse jeito".

Olha, ali eu entendi a famosa 'flexibilidade' exigida pelas empresas multinacionais.

Não tinha chefe, não tinha palavra final, apenas três interpretações do que seria a referência do belgian way of life.


No final, tudo saiu bem. Mas foi um aprendizado! É muito fácil entrar em acordo com alguém que pensa como nós, que fala a mesma língua e tem as mesmas referências.

Difícil é respeitar a referência e se fazer respeitar por aquele que é tão diferente de você.


Viva a diplomacia!